quinta-feira, 30 de outubro de 2008

DE VOLTA COMIGO?
(Jayme Jr.) - Copyright


Estou de volta comigo
Sem paixão, sem você, sem nada.
Só meu coração e meu cão amigo
E pensar que andei nessa estrada
Eu e você num mundo bravo não visto.

Estou de novo ás voltas comigo
Eu e minh’alma, hoje sem perigo
Só com meus sonhos, hoje ameno
E pensar que chorei... ridículo!
Mas amei, tentei pelo menos.

Estou de volta ó lucidez!
Porque o amor debilita, aprisiona.
Mesmo o platônico, miragem, timidez.
E espero eu que venha ainda á tona
De novo um amor, novamente minha vez.

Estou de volta contigo: livre amor!
Porque amar sem ser amado é ácido
Mesmo inspirando pra’o desejável
Mesmo sendo fonte de criação.
É sal, é fel... inda que tragável...

Estou de volta mas não sei onde
Acostumamo-nos, teimosos que somos
Neste mundo de emoção bárbara
Será que consigo agora em paz, menina
Esperar dentro de mim minha sina?





segunda-feira, 27 de outubro de 2008



AMAR
(Jayme Jr.) - Copyright

É bom falar de amor...
de noite de dia...
Diante do mar, da Lua...
musicalmente... em poesia.
Mas se falares á alguém
que seja pra valer, pra querer também
o amor, a reciprocidade...
E que o desejo de amar seja de verdade!



domingo, 26 de outubro de 2008

AMOR IMPOSSÍVEL
(Jayme Jr.) - Copyright



Vou até você de tantas maneiras
E quando devo parar eu já nem sei
Se devo ficar sem mais e sem menos
Se devo sair assim como cheguei.



Não te falo diretamente o que quero
Mas deixo pegadas pra você ver
O quanto te quero, o quanto te amo
Mas sei agora, preciso esquecer.


Pensa você que eu não penso?
Que não tenho um censo, uma diretriz?
Que não sei de tua alma inda tão ingênua
Que não sei disso tudo inda sem raiz?


Eu preciso esquecer que te amo
Reencontrar-me com os anos meus
Enxergar-te como és, só uma menina
Nem que eu precise da ajuda de Deus.


Não posso mais querer tal futuro
Seria voltar num tempo não meu.
Amor dos primórdios eu sei é escuro
Quero voltar ao que sou e ao que é meu.




quarta-feira, 22 de outubro de 2008


SOBRE PESSOAS
(Jayme Jr.) – Copyright


Pessoas...
Pessoas alegram, assustam...
São como as ruas
Que ás vezes queremos reter
E outras vezes não queremos nem ver.



Mas quanto as ruas, é bem mais fácil
Não querer ter, nem abraçar
É só ficar em casa
É só ficar no quarto, só lá estar.


Mas pessoas...
Como ficar sem?
Como não ficar de bem?
Como não mandar tudo ás favas
Só para olhar, sorrir, sonhar
E lembrar sempre... sempre
Da ação de dar e receber
Entre abelhas e flores?



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

OS TRÊS CAMINHOS À MORTE
(Jayme Jr.) - Copyright


I
Primeiro queremos viver, pra sempre
Gozar de tudo que a vida tem.
Morrer? Não! Jamais! Nem pensar!
Daí da vida, o vai e vem
O sofrer, o chorar, o desdém

II
Depois? Podemos morrer sim!
Desde que seja com um coro de anjos
Tamborins, banjos; mas lá pelo fim;
Pois antes o gozar ainda, o estar, o esbanjo
Pra partir bem. É bom! Quero Querubins!

III
Será que agora de qualquer forma
Já não há mais o medo da morte?
A filosofia que ensinou, informou, informa
E se eu for embora, que sorte!
Lá é meu lar, tudo já vi, me estorna!

O MAR É MAIS IMPORTANTE
(Jayme Jr.) - Copyright


Sempre que eu preciso
saio para o mar.
Momentos
dias cinzentos
distúrbios lá fora
aqui dentro.
Tenho que parar
pensar ou deixar de pensar,
quem sabe mesmo amar
se descubro
que foi isto que faltou.


Após aquele teu riso sucinto
tua palavra de choque
expressão de deboche,
absinto,
saí às idéias.
É assim que sempre faço
antes de dar qualquer passo.
Porque quando sobe a maré
não dá mais pé...
a medida se enche.
Então: reflexão...
Talvez o revide...
Isso, se eu não tinha que ter pago
como paguei
com prata, com ouro,
milhares em conchas;
isso, se não era eu o débil, o trágico
no final das contas.


Mas o mar
continua sendo
aos meus olhos, para as minhas idéias
espaço perene de expurgação,
celeiro de curiosidades...
para entretenimento, felicidade.
O mar para mim continua sendo
fonte de vida, de forças
no seu verde-azul
na sua imensidão.
Ele continua sendo pra mim
na sua constituição
em todos os sentidos
um mundo à parte.

domingo, 12 de outubro de 2008

POESIA DE AMOR
(Jayme Jr.) – Copyright


Eu queria tanto te ver
Sentir sua juventude de perto
Ter sua alegria
Contemplar teu rosto lindo
E sentir seu gosto no meu âmago.

Eu queria tanto te encontrar
Falar-te, abraçar-te, e o coração bater
Chorar ao ouvir tua voz
Sorrir, brincar, mostrar-te a língua.
Com a sua fala me entreter.

Como eu queria te beijar
Num beijo longo e eterno
Sentir teu corpo sob o teu vestido
Estar certo desse achado meu
Escutar de ti sobre seu tempo já vivido.

Como eu gostaria de sair
Mãos dadas com você pela cidade.
Atravessar ruas a te proteger
Dos carros, desses olhos, da maldade.
Rir, vendo você o sorvete sorver...

Sim eu queria, eu gostaria
Que fosse assim entre eu e você
Eu viveria, continuaria
Na vida de sonhos que um dia eu fiz.
Tendo você aqui do meu lado, feliz.



quarta-feira, 1 de outubro de 2008

SONETO PARA A CRIAÇÃO
(Jayme Jr.) – Copyright


Eu vou por aí pelos sete mares
Sem ter que sair de minha herdade
Sentindo as ilhas no cheiro dos ares
Povos, culturas e as alimárias.


Vou nesse vôo, mas vôo de pássaro
Alto de águia, e amor beija-flor
E tudo que sinto, tudo que faço
Viver cada vida do Criador.


Eu vou por aí vertendo desejo
Beijar como beija á noite o orvalho.
Risos, mas lágrimas sobre o que vejo:


O fim do que é verde, e estes carvalhos...
Eu vou por aí, sentindo, amando
A Natureza feita em frangalhos.



PARA UMA ENGENHEIRA
(Jayme Jr.) - Copyright

Menina que eu só vi
Em bilhetes, curtas frases
E a foto com um cãozinho...
Importante para mim.
Sorriso, frases, face, fases
Desiguais outras metades
Capaz de ir até o fim.

Menina! Que presente!
Inteligente Engenheira
Que aparece em minha frente
Quando clico em meus sonhos.

Andas só, ando só
Também sabemos até quando...
Até que em um belo aniversário
Um vento leve o calendário
Que só soube assistir:
A nossa calma
A nossa espera
A nossa alma a inquirir.




LOUCA PAIXÃO
(Jayme Jr.) - Copyright

Eu fiquei mesmo louco
De paixão de amor...
E além de tudo
Parecia não ser pouco
O vexame, o enxame tão voraz.

O dia terminava sem entardecer
E o anoitecer cortava minha carne
Desejosa de desejos
Eu sem graça sem gracejos
Sem um norte
Ao menos para a morte ou qualquer descanso.

Sim é verdade, eu enlouqueci
Por não ter, por querer, não querer
Mais veneno, mais terreno
Á fim de aterrissar
Sem perigo algum...

E a cada manhã
Ao despertar da insônia louca
Eu via você
Num vestido branco, lindo
Correndo ao meu encontro
Feito uma princesa medieval.

E quando a encontrava no abraço
Sepultava-a nos meus braços,
Sob as pedras do mar da minha loucura
Do mar de meu amor
De minha paixão.


Eu tinha você
Eu não a tinha
Eu vinha e vivia à minha procura
Eu ia e morria em minha loucura
Sob teu amor, sob tua mão
Sob aquela tua doçura.