domingo, 1 de novembro de 2009

MÃE
(Jayme Jr.) - Copyright

Não há ninguém como a mãe da gente
Ou há? Diferente! Indiferente
À tudo que se nos apresenta
Para nos livrar, defender
Pra nos prender sempre novamente
Ao cordão umbilical.
Não há ninguém
Não há nada como a mãe – mãezinha
Que se propôs desde o início
Que até hoje se propõe
A se doar se for preciso
A nos amar... carregar – avezinha!
Em dar a vida, nos dar o juízo
De que muitas vezes precisamos.
Não há ninguém como a minha mãe
Que sempre me amou, me suportou
E que me agregou
Quando me tornei um desagregado.
E aquele ensinar, um educar...
Não didático
Muito menos fanático
Ou algo assim superficial...
Mas me ensinou sim, de coração...
De alma, de vida pra vida
Sendo até nas minhas revoltas
O meu bem e também meu mal.
Acho que as mães quando se tornam mães
Deixam de ser mulheres
No sentido daqueles fazeres!
No sentido daqueles pensares!
Daqueles moveres
Que elas colocam magicamente
Num mover de repente – o ser mulher!
Mulheres são deusas por serem mulheres!
E quando se tornam mães
Deixam a divindade
Para serem muito mais que deusas!
Para serem mães!
E, alimentar-se do leite materno
Não é só no colo, ali embalado.
Alimentar-se do leite materno
Acho que é algo eterno
Até já depois de menino
Até já depois de adulto
Num não mistério ou mistério
Num feitiço só delas
Porque são elas, quem nos embala
Quem nos protege
E nos amamentam pra sempre.
Não existe ninguém
Igual as nossas mães
E para mim menino, homem
Não existe ninguém
Igual á minha mãe!
E eu hei de amá-la para todo sempre
E hei de estar sempre ligado
Àquele cordão que não se perdeu
Mas que sobreviveu desde o parto.
E nós estamos...

E eu estou ligado através dele!
Como estive ontem
Como estou hoje, e sei estarei
Para sempre...
Nessa órbita
Nesse círculo eterno
Que é vida, que é doce
Que é materno...

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